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A Teoria dos Esquemas de Young

  1. O “NOVO” INCONSCIENTE

Embora as ciências cognitivas evitem o termo “inconsciente” — devido à confusão semântica com o inconsciente dinâmico freudiano —, é fato que a maior parte do processamento mental ocorre fora do domínio da consciência.

expressão “inconsciente cognitivo” foi cunhada por Kihlstrom em 1987 para designar as muitas e complexas operações cerebrais as quais o sujeito não tem acesso, ainda que os respectivos resultados dessas operações possam se transformar em conteúdo consciente.

De maneira simplória, nas ciências cognitivas tem-se adotado a definição de Freeman (1998): idéias das quais não temos consciência.

Essa noção de um “novo inconsciente” parte da memória implícita ou não-declarativa, demonstrada por qualquer mudança no pensamento ou ação atribuível a alguma experiência passada da qual não há lembrança consciente (acessível) do evento ocorrido.


  1. YOUNG: TEORIA DO ESQUEMA

Jeffrey Young completou seu pós-doutorado sob a orientação de Aaron Beck, e é fundador e atualmente diretor de pesquisa e treinamento dos centros de TC em Nova York e Connecticut. 

Sua colaboração com Beck desenvolveu uma expansão da teoria inicial da TC de curto prazo — a Teoria do Esquema, na década de 1990. Trata-se de um modelo clínico integrativo de terapia que

"...blends elements from cognitive-behavioral, attachment, Gestalt, object relations, constructivist, and psychoanalytic schools into a rich, unifying conceptual and treatment model" (Young, Klosko & Weishaar, 2003). Conceitos e abordagens são integrados e reformulados sob a égide cognitivista, como, por exemplo, o foco na percepção individual e na relação hierárquica de necessidades da Gestalt terapia e os processos inconscientes e a discussão sobre experiências iniciais da vida da Psicanálise.

O apoio empírico para a Teoria do Esquema é proveniente de estudos que utilizam a forma longa do Young Schema Questionnaire (Questionário de Esquemas de Young), o qual afigura-se como um instrumento promissor para identificação e avaliação dos esquemas iniciais desadaptativos subjacentes às patologias, sendo necessários, como de costume, outros tipos de estudos de validação e análises que envolvam a utilização de outras escalas de medida  de psicopatologia.


  1. ESQUEMAS

Para Beck (1982/1979), um esquema refere-se a uma rede cognitiva estruturada e inter-relacionada de crenças embasadas em reações e experiências passadas, as quais podem ser ativadas ou desativadas de acordo com a presença ou mesmo ausência dos dados ambientais.

O esquema filtra, codifica e avalia os estímulos aos quais o organismo é submetido, transformando os dados que chegam em conformidade com idéias preconcebidas — isto é, serve como modelo para o processamento das experiências ulteriores, e por isso desembocam em confirmações automáticas e circulares das próprias crenças. A operação e mesmo existência dos esquemas não é naturalmente consciente, sendo-o somente os resultados produzidos, que compõem o núcleo de nossa personalidade. Como governam a forma do sujeito de interpretar os acontecimentos, podem resultar em uma percepção distorcida e tendenciosa que assume várias formas, as quais Beck chamou de distorções cognitivas — um conjunto de erros sistemáticos de raciocínio. Os esquemas estão presentes no funcionamento mental de todos, mas se tornam particularmente evidentes e problemáticos nos transtornos de personalidade.

A auto-imagem é estruturada pelos esquemas e seu caráter circular, uma vez que “a seleção de dados da realidade externa que são coerentes com a auto-imagem obviamente confirma – de maneira automática e circular – a identidade pessoal percebida...” (Guidano e Liotti, 1983) 

Por exemplo:

uma mulher estrutura uma auto-imagem como incapaz de ser amada; a experiência de uma rejeição amorosa é processada como evidência da veracidade de suas crenças — que parecem cada vez mais certas e reais; esse reforço cria um circuito de retroalimentação que estabiliza a idéia de ser indigna de amor; assim, essa mulher age (involuntariamente) de modo a confirmar sua profecia catastrófica, o que gera continuamente a mesma percepção de experiência, sempre percebida como evidência confirmatória dos esquemas. 


  1. ESQUEMAS INICIAIS DESADAPTATIVOS

Os Esquemas Iniciais Desadaptativos (EIDs) ou esquemas primitivos existem no nível mais profundo da cognição, operando de modo sutil e fora da consciência. Tratam-se de crenças e sentimentos incondicionais e rígidos sobre si mesmo e sobre o ambiente, que originam-se pela combinação de fatores biológicos e temperamentais com os estilos parentais e as influências sociais às quais a criança é exposta. São 

disfuncionais em um grau significativo, e percebidos como uma verdade a priori, irrefutável e aceita como uma realidade intrínseca e essencial.

A definição de um Esquema Inicial Desadaptativo apresentada por Young e colaboradores (2003, p. 7) caracteriza-o como:
  • um padrão amplo e pervasivo;

  • composto de memórias, emoções, cognições e sensações corporais;

  • envolvem a si mesmo e a relação com os outros;

  • desenvolvido durante a infância ou adolescência;

  • elaborado através da trajetória de vida da pessoa;

  • disfuncional em grau significante;

  • caráter autoperpetuador e resistente à mudança.


Os esquemas primitivos se mantêm através de processos de distorção no processamento de informações, e para reduzir a dissonância cognitiva (Festinger, 1964) entre o modelo internalizado do self e a realidade são utilizados os mecanismos de distorção cognitiva.

Young (2003) identificou 18 Esquemas Iniciais Desadaptativos agrupados em cinco amplos domínios de esquema.

Os domínios são:

a) Desconexão e rejeição: ligado ao sentimento de frustração vivenciado pela pessoa com relação às expectativas de segurança, estabilidade, carinho, empatia, compartilhamento de sentimentos, aceitação e consideração; os esquemas vinculados são privação emocional, abandono,  desconfiança/abuso, isolamento social e defectividade/vergonha.

b) Autonomia e desempenho prejudicados: referente aos sentimentos de incapacidade experimentados pelo indivíduo quanto à possibilidade de se separar dos demais em busca de autonomia necessária para sobreviver de forma independente e com bom desempenho; os esquemas vinculado são fracasso, dependência/incompetência, vulnerabilidade a dores e doenças, emaranhamento.

c) Limites prejudicados: diz respeito à deficiência nos limites internos, à ausência de responsabilidade com os demais e/ou à dificuldade de orientação para a concretização de objetivos distantes; os esquemas associados são os de merecimento e autocontrole/autodisciplina insuficientes.

d) Orientação para o outro: funcionamento que ocasiona um foco excessivo para os desejos e sentimentos dos outros, em função da constante busca de obtenção de amor; a pessoa subjuga suas próprias necessidades com o intuito de obter aprovação, podendo suprimir sua consciência, sentimentos e inclinações naturais. Os esquemas de subjugação e auto-sacrifício compõem este grupo.

e) Supervigilância e inibição: refere-se ao bloqueio da felicidade, auto-expressão, relaxamento, relacionamentos íntimos e ao comprometimento da própria saúde em razão da ênfase excessiva na  supressão dos sentimentos, dos impulsos e das escolhas pessoais espontâneas; regras e expectativas rígidas internalizadas sobre desempenho e comportamento ético geralmente integram esse padrão de funcionamento. Inibição emocional e padrões inflexíveis são os dois esquemas que integram esse contexto.

Importante frisar que os esquemas contêm “memórias, emoções, sensações corporais e cognições” (Young et al. 2003, p. 32), mas não envolvem as respostas comportamentais, pois estas são parte do estilo de enfrentamento e não do esquema em si.

De acordo com Pinto-Gouveia e Rijo, a Terapia Focada em Esquemas fundamenta-se em quatro conceitos básicos: Esquemas Iniciais Desadaptativos e processos de Manutenção, Evitação e Compensação do esquema, sendo esses processos o meio de manutenção do esquema.

Young et al. (2003, p. 33) definem a ameaça como a frustração de uma necessidade emocional profunda no desenvolvimento afetivo da criança (como ligação segura com os outros, autonomia, auto-expressão livre, espontaneidade e limites realísticos), e a criança responde com um estilo de enfrentamento (coping style) que a princípio é adaptativo, mas torna-se disfuncional com a mudança das condições durante o crescimento, ficando o sujeito aprisionado na rigidez de seu estilo de enfrentamento.

Todos os organismos apresentam basicamente três respostas quando percebem uma ameaça: luta, fuga ou congelamento; tais respostas comportamentais correspondem aos três estilos de enfrentamento dos EIDs, a supercompensação (luta), subordinação (fuga), e a evitação (congelamento), as quais podem ocorrer no plano afetivo, comportamental ou cognitivo

a) supercompensação: diz respeito à adoção de estilos cognitivos ou padrões comportamentais opostos aos prescritos pelos esquemas — o que seria saudável, acontece que “passa do ponto” e se torna exagerado; a supercompensação pode explicar como o abusado se torna abusador, pois o contra-ataque excessivo (desproporcional aos fatos) é frequentemente insensível a necessidades e direitos dos outros.

b) subordinação: acontece principalmente através das distorções cognitivas identificadas por Beck na década de 1970, uma vez que as informações são distorcidas para manter intacto o esquema.

c) evitação: como os EIDs despertam reações emocionais aversivas intensas, são criados processos tanto volitivos quanto automáticos para evitar acionar o esquema e sentir o afeto a ele conectado. 
A evitação cognitiva refere-se às tentativas automáticas ou volitivas de bloquear pensamentos ou imagens que poderiam acionar o esquema, e nesse ínterim Young enfatiza o processamento inconsciente e o papel da memória nesse processo.

por exemplo: existem processos inconscientes que ajudam as pessoas a excluir informações demasiado perturbadoras através do “esquecimento” parcial ou total de acontecimentos particularmente dolorosos — como é o caso de crianças sexualmente abusadas que  não têm lembranças da experiência. Um possível substrato neural dos mecanismos da evitação cognitiva é o sistema de memória explícita do lobo temporal medial, composto pelo hipocampo e regiões adjacentes, o qual é bastante danificado por níveis cronicamente elevados do hormônio cortisolcuja liberação acentuada faz parte da reação de estresse que acompanha experiências traumáticas, enfraquecendo, assim, a memória consciente/explícita.

a despersonalização — processo através do qual o sujeito se remove psicologicamente da situação que desencadeia um EID — e os comportamentos compulsivos — cuja função é distrair o sujeito de pensamentos perturbadores que acionam os EIDs — são outros mecanismos de evitação cognitiva. 

Já a evitação afetiva consiste em bloquear consciente ou inconscientemente sentimentos desencadeados pelos esquemas primitivos, como quando o sujeito apresenta uma experiência de vida perturbadora, mas nega experimentar emocionalmente a situação, isto é, há evitação dos aspectos afetivos sem bloqueio da cognição associada.


  1. NEUROBIOLOGIA DO ESQUEMA

As recentes pesquisas em neurociências têm mostrado que não existe um sistema emocional único, mas sim vários circuitos neurais encarregados de diferentes emoções, cada um deles envolvido em diferentes funções de sobrevivênciasistemas especializados que evoluíram por seleção natural para resolver problemas de adaptação (reagir ao perigo, descobrir alimento, achar parceiros e reproduzir, cuidar da prole e estabelecer alianças sociais, etc). A Teoria do Esquema se interessa pelos circuitos cerebrais envolvidos no medo e trauma.

De acordo com LeDoux (1996) e Davis (1997), há dois sistemas que operam em paralelo e estocam diferentes tipos de informação para a experiência de aprendizagem emocional— incluindo o medo: um deles é consciente (de representação explícita ou declarativa) e mediado pelo hipocampo e áreas corticais relacionadas; o outro é inconsciente (memórias implícitas ou não-declarativas) e se processa através da amígdala. Os dois tipos de memória são ativadas diante de estímulos relacionados à experiência traumática: enquanto a memória consciente evoca lembranças da situação, a memória inconsciente evoca mudanças corporais que preparam o organismo para o perigo

Isso porque existe uma memória emocional e uma memória cognitiva do mesmo evento traumático, e as respostas emocionais podem ser disparadas sem a participação dos centros superiores de processamento neural (pensamento consciente e avaliação racional).

Por isso as emoções são desencadeadas mais rapidamente e podem existir independentemente das avaliações racionais e pensamentos conscientes. As memórias emocionais de experiências traumáticas permanecem inscritas na amígdala, mas podem ser inibidas e controladas pelo córtex pré-frontal. 

Diante de estímulos semelhantes à situação de infância que ocasionou o desenvolvimento do esquema, as emoções e sensações corporais associadas são acionadas inconscientemente pelo sistema da amígdala; e mesmo se o sujeito está consciente, suas emoções e as reações corporais são ativadas mais rapidamente do que os pensamentos e avaliações conscientes; LeDoux verificou que a informação viaja mais rapidamente (doze milissegundos) por uma via direta desde o tálamo até o núcleo basolateral da amígdala (processamento inconsciente), do que do tálamo ao córtex (processamento consciente), o qual leva cerca de 65% a mais de duração (19 milissegundos). 

Sistema da amígdala: inconsciente (memória implícita); rápido (via rápida tálamo-amígdala); automático (avaliação de perigo aciona emoções e reações corporais); permanente (memórias resistentes à extinção); representações simples e cruas do mundo (não faz discriminações finas); antigo, observa-se ao longo da evolução.

Sistema hipocampal e córtices superiores: consciente (memória explícita); lento (via lenta tálamo-córtex); flexibilidade de resposta mediada pela reflexão e escolha consciente; maior transitoriedade e facilidade de esquecimento com o tempo; representações mais detalhadas e acuradas do mundo; mais recente na evolução.

O fato de que a memória emocional (inconsciente) a memória cognitiva (consciente) da experiência traumática estão localizados em diferentes sistemas cerebrais pode explicar porque esquemas não são modificáveis por simples métodos cognitivos; os componentes cognitivos de um esquema frequentemente se desenvolvem mais tarde, isto é, depois que as emoções e sensações corporais já foram estocadas no sistema de memória emocional da amígdala. Muitos esquemas desenvolvem-se em um estágio pré-verbal (antes da criança ter adquirido linguagem), ou seja, quando a criança é tão nova que tudo que pode ser armazenado são emoções e sensações corporais; as cognições surgem depois, apenas quando a criança começa a pensar e falar em palavras — por isso o terapeuta precisa ajudar o paciente a associar palavras com a experiência do esquema.

LeDoux (1996, p. 265) mostra que a psicoterapia é uma maneira de reconfigurar os circuitos cerebrais que controlam a amígdala (onde são gravadas as memórias emocionais), pois o córtex pré-frontal pode controlar a amígdala e regular sua expressão, diminuindo significativamente através do manejo do esquema. psicoterapeuta na Teoria do Esquema, ainda, auxilia o paciente a conectar as emoções e sensações corporais (memórias implícitas) disparadas pelo acionamento do EID às memórias de infância explícitas relacionadas à situação.

A primeira meta da terapia do esquema é consciência psicológica” (Young, 2003): o terapeuta ajuda os pacientes a identificar seus esquemas e se tornar consciente das memórias, emoções, sensações corporais, cognições e estilos de enfrentamento associados a estes esquemas, o que possibilita enfraquecê-los; é esse “autoconhecimento mediado” que exercita o livre arbítrio em relação aos EIDs.


Referências:

Terapia focada em esquemas: conceituação e pesquisas. Cazassa MJ, Oliveira MS / Rev Psiq Clín. 2008;35(5):187-95

CALLEGARO, Marco Montarroyos. A neurobiologia da terapia do esquema e o processamento inconsciente. Rev. bras.ter. cogn.,  Rio de Janeiro ,  v. 1, n. 1, p. 09-20, jun.  2005 .   Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-56872005000100002&lng=pt&nrm=iso>. acessos em  08  ago.  2020

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