Ainda no século XIX, em seu L'Automatisme psychologique, Janet descreveu o fenômeno da dissociação como uma desintegração das estruturas mentais em relação ao conhecimento consciente; com base em seus estudos clínicos de psicopatologia, ele desenvolveu uma teoria de automatismo psicológico que antecipou em muitos aspectos as noções atuais de modularidade e paralelismo. William James, em Principles of Psychology, sugeriu que a chave para a consciência é a auto-referência, isto é, para que haja experiência consciente contínua, um elo deve ser feito entre as representações mentais do evento e alguma representação mental do self como agente ou experimentador. Na concepção clássica de processamento cognitivo, o termo “inconsciente" descreve os produtos do sistema perceptual que não ficam sob vigilância ou ativação, bem como conteúdos da memória primária perdidos por terem sido deslocados antes que pudessem ser codificados e armazenados. A premissa é que, por não f...