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Mostrando postagens de agosto, 2020

The Cognitive Unconscious (Kihlstrom, 1987)

Ainda no século XIX, em seu  L'Automatisme psychologique, Janet descreveu o fenômeno da dissociação como uma desintegração das estruturas mentais em relação ao conhecimento consciente; com base em seus estudos clínicos de psicopatologia, ele desenvolveu uma teoria de automatismo psicológico que antecipou em muitos aspectos as noções atuais de modularidade e paralelismo. William James, em Principles of Psychology, sugeriu que a chave para a consciência é a auto-referência, isto é, para que haja experiência consciente contínua, um elo deve ser feito entre as representações mentais do evento e alguma representação mental do self como agente ou experimentador. Na concepção clássica de processamento cognitivo, o termo  “inconsciente"  descreve os produtos do sistema perceptual que não ficam sob vigilância ou ativação, bem como conteúdos da memória primária perdidos por terem sido deslocados antes que pudessem ser codificados e armazenados. A premissa é que, por não f...

A Teoria dos Esquemas de Young

O “NOVO” INCONSCIENTE Embora as ciências cognitivas evitem o termo “ inconsciente ” — devido à confusão semântica com o inconsciente dinâmico freudiano —, é fato que a maior parte do processamento mental ocorre fora do domínio da consciência. A  expressão “ inconsciente cognitivo”  foi cunhada por Kihlstrom em 1987 para designar as muitas e complexas operações cerebrais as quais o sujeito não tem acesso, ainda que os respectivos resultados dessas operações possam se transformar em conteúdo consciente. De maneira simplória, nas ciências cognitivas tem-se adotado a definição de Freeman (1998): idéias das quais não temos consciência. Essa noção de um “novo inconsciente” parte da memória implícita ou não-declarativa, demonstrada por qualquer mudança no pensamento ou ação atribuível a alguma experiência passada da qual não há lembrança consciente (acessível) do evento ocorrido. YOUNG: TEORIA DO ESQUEMA Jeffrey Young completou seu pós-doutorado sob a orientação de Aaron Beck, e é fu...

distorções cognitivas (Beck & Burns, 1989)

o modelo cognitivo de psicopatologia foi proposto inicialmente na década de 1970 por Beck, e enfatiza o papel central do pensamento na evocação e manutenção da transtornos mentais/de personalidade. apesar de ser a psicologia uma ciência recente (final do século XIX),  muitas das questões hoje sistematicamente abordadas através de métodos e técnicas específicas são discutidas desde a filosofia antiga, e assim também o foi com o modelo cognitivo: no século III a.C os estoicos já acreditavam que erros de julgamento eram os responsáveis por emoções e comportamentos destrutivos e na utilidade da lógica para identificar e descartar essas crenças falsas. os princípios que orientam a terapia cognitiva (Margraf, 2009) são o foco no presente, na pessoa e na especificidade dos problemas, sendo portanto definidos os objetivos do processo terapêutico; voltada para a intervenção (ação), a TCC não se basta da tomada de consciência/identificação do problema dinâmico (insight), e reitera a...